30 de nov. de 2012

Por mais que os meses passem, os dias surjam e você envelheça e não me reconheça, você sempre será aquele velho jovem otário que me custou muitas folhas e linhas amareladas e amargas. Não quero te ver. Não tão já, meus sentimentos ainda não merecem confiança.
De fato, estou presa em fatos desnecessários, em escolhas ordinárias,  em caminhos desnudos. Ir ou não ir? Eis a questão! As luzes do palco já se apagaram, desnudo-me. Livro-me da mascara, do figurino, do brilho no olhar. Aponto, com as mesmas mãos que a pouco afagavam, desminto, implico, critico, cuspo e vomito toda verdade daquela realidade.
Enfim calo-me. Olhares pasmos, julgamentos incrédulos, o júbilo, por fim, o ultimo. Mudo. Mundo. Agudo. Pontiagudo. Deveras passado recente,escolhas descrentes, caminhos desnudos.Por mais que os meses passem, os dias surjam e você envelheça e não me reconheça, você sempre será aquele velho jovem otário.  

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